Saturday, March 21, 2009

Para não repetir a pizza de 2007

Fala Nação BC,
levante a mão quem não estranhou a excessiva passividade dos acusados de quadrilha e roubo pelo dirigente light, logo após o clássico vencido pelo time misto do Cruzeiro? Afinal, cadê as provas que o dirigente light prometeu apresentar de forma contundente no dia do julgamento? Pois é, todo mundo afinou e o resultado disso foram 60 dias de suspensão (que ainda pode ser objeto de recurso em instância superior) e uma fortíssima pressão na arbitragem mineira que de agora em diante irá tremer perante o time listrado.

Para não acirrar ainda mais os ânimos de rivalidade entre as duas torcidas (afinal havia morrido um torcedor atleticano minutos antes do clássico), o sábio Zezé (ótimo presidente e administrador, diga-se de passagem) aguardou a hora oportuna para se posicionar sobre toda essa sucessão de absurdos e veio ao público com uma carta pedindo que o acusado de quadrilha, haja com hombridade e se demita do cargo, por não recolher condições adequadas para continuar comandando a arbitragem mineira. Não podemos deixar que 2007 se repita. Nunca mais!

E também fica uma lição: não existe uma Minas forte no cenário nacional se um dos dois times (sempre o menos competente, será porque?) vive tentando afundar o outro com esse tipo de manobras covardes e que extrapolam o futebol. Se um dia o Zezé quiser fazer valer um direito do Cruzeiro perante os assaltos diários da arbitragem a favor dos clubes do eixo, que o faça sem mais mencionar o rival metropolitano. Minas já está muito bem representada por nós, o resto é outra divisão.

Saluti Celesti e a gente se vê em Abu Dhabi

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Confira a carta de Zezé Perrella na íntegra:

Carta aberta à Federação Mineira de Futebol e ao senhor Lincoln Afonso Bicalho

Foi com muita estranheza que o Cruzeiro Esporte Clube acompanhou a falta de reação diante das graves denúncias feitas contra integrantes da Federação Mineira de Futebol após o último clássico Cruzeiro e Atlético. Não ouvimos do senhor Lincoln Afonso Bicalho a mínima reação e indignação, comum às pessoas injustiçadas. Gostaríamos de crer que as denúncias contra o responsável pela escala de árbitros e à Federação eram infundadas e careciam de provas. Porém, diante da covardia dos acusados, só nos resta concluir que os mesmos estão aterrorizados e intimidados pelo acusador e por alguns membros de sua torcida, que foram à Federação com o único intuito de pressioná-la. Essa prática, que não é nova, foi usada com sucesso em 2007 pelo então presidente do Clube Atlético Mineiro, senhor Ziza Valadares.

O Cruzeiro Esporte Clube, diante de todos estes deploráveis acontecimentos e por entender que o senhor Lincoln Afonso Bicalho não tem a menor condição de continuar ocupando o cargo, pede que este renuncie imediatamente. Somente assim será possível manter a transparência, lisura e credibilidade que a competição exige. Os subordinados à V. Exa, depois de sua covardia, letargia e falta de comando na questão estão, sem dúvida alguma, intimidados e apavorados em apitar os jogos de Cruzeiro e Atlético. E essa insegurança pode ser fatal para o Campeonato. Caso o senhor Lincoln Afonso Bicalho não tenha coragem de renunciar, esperamos que o presidente da FMF, senhor Paulo Schettino, o demita imediatamente para o bem da competição e garantia da idoneidade que o cargo de confiança demanda.

Até aqui, esperou-se do presidente da Federação Mineira de Futebol uma postura firme em defesa da instituição, mas, lamentavelmente, isso também não aconteceu. Não podemos esquecer que a FMF foi acusada de “abrigar uma gangue”.

Está, portanto, nas mãos do senhor dar dignidade ao futebol mineiro.

José Perrella de Oliveira Costa

Presidente do Cruzeiro Esporte Clube

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