Sunday, March 15, 2009

Mineiro 09: De novo!?

Antes do jogo

Fala Nação BC,
o jogo de logo mais pode definir os rumos do Cruzeiro na competição. Após sofrer (e muito) para vencer o lanterninha da competição, o rival metropolitano já tá fungando no cangote da Raposa. Um tropeço hoje contra o Coelho, pode significar a perda da liderança, um absurdo considerando o elenco diferenciado do Cruzeiro, e principalmente a perda da vantagem para as fases finais do campeonato. Isso facilitaria bastante o trabalho das forças ocultas que estão atentas a qualquer sinal de fraqueza do Maior de Minas. E acreditem, não pouparão esforços para prejudicar o time celeste daqui para frente, quando uma derrota pode significar a perda do campeonato.

O jogo é considerado como CLÁSSICO pelos saudosistas da mídia local, mas desde que foi levantado o primeiro alicerce do Mineirão, o Coelho não oferece mais qualquer sinal de resistência que faça jus a tal alcunha. Mas é importante que os jogadores celestes encarem o jogo como tal, dando o melhor de si no gramado, com muita aplicação e concentração. E que exijam a titularidade mostrando serviço dentro de campo e não fazendo beicinho atravês de entrevistas.

O América, celeiro de promessas que no passado recente fizeram a alegria da Massa Azul, tem um time bastante experiente. Com a volta de Euler ao futebol depois de 8 meses parado, o Coelho de Flávio Lopes deve bater o recorde de média de idade do futebol mundial. Só não chega aos pés da média do BC, que pode contar com integrantes da época em que a Dercy ainda não falava palavrão. Destaque do time é a defesa, menos vazada da competição.

Em contrapartida, o Cruzeiro vem com um time cheios de jovens sedentos de títulos. Pelo menos é o que se espera. Sem nunca ter repetido uma escalação sequer (é difícil!), o titio vai de WP e Kléber no ataque. Com o nariz quebrado, o Gladiador poderá enfim usar aquele capacete de ferro batido evitando assim as porradas dos zagueiros adversários. No meio campo, muitos irão sentir profundamente a ausência do constante Henrique. Em seu lugar, o Paraná volta com tudo, juntamente com Fabrício e Elicarlos (ou Gérson Magrão).

O armador será mais uma vez o Wagner, ainda precisando adquirir o olho de tigre perdido em algum momento de sua promissora carreira. Torcemos para que o rapaz seja decisivo mais uma vez. Nas laterais, Jancarlos e Sorin (depois Gérson Magrão) e na zaga Anderson e Leonardo Silva. Por fim, Fábio absoluto no gol. Esse deve ser o time que vai pra cima do Coelho, que terá o suporte de pouco mais de 200 torcedores.

Apesar da evidente decadência, o torcedor do Mequinha continua ostentando uma pose que pode ser comparada ao do torcedor do outro time de BH. Talvez esteja ai o motivo de tanta identificação. Enquanto isso, o Maior Clube de Minas continua angariando cada vez mais torcedores, que tem que fazer hora extra no trabalho para poder pagar ingressos que chegam a custar mais que o dobro que outras torcidas. A paixão futebolística pode ter várias cores em Minas, mas o bolso é o mesmo. Não é desculpa, e sim realidade.

Vambora ganhar, Zeeeeiroooooo!!!

O jogo

Por causa de uma virose não pude ir ao Mineiro, mas os Deuses do Futebol foram bons comigo, pelo menos evitei assistir a um festival de erros grotescos (principalmente passes) que culminaram num empate sem graça para nós cruzeirenses. Pela segunda vez consecutiva, o grito do gol ficou entalado em nossas gargantas, juntamente com a raiva de um time que não consegue furar um bloqueio e empurrar a gorducha no fundo da rede.

No primeiro tempo o América foi dono do meio campo. Sem capacidade de manter a bola no campo do adversário, o Cruzeiro deixou o Coelhão se arriscar mais no ataque, complicando várias vezes a vida do goleirão Fábio, único destaque do jogo. Sem padrão ofensivo (confusão danada na entrada da área americana), com o Gérson paradão lá na frente, o Cruzeiro criou algumas chances, mas chutou muito fraco para o gol.

No segundo tempo, com a inoperância do meio campo e a ineficácia dos ataques (Nem Fabrício e Elicarlos juntos conseguem fazer o servço do ausente Ramires), o titio resolveu trocar o Magrão pelo Wagner. A substituição surtiu efeito e dali para frente o Cruzeiro dominou o jogo e chegou a chutar mais vezes para o gol do Flávio, que se virava como podia. Esse oide se candidatar a outro Harley, o goleiro do Goiás. Vai ser aberto lá na China!

Contudo, nem a entrada do Camilo (why????) e do Jonathan (que acertou uma bola na trave) fez com que o placar fosse alterado, para o desespero da China Azul. Mais uma vez o time deixa a desejar, perdendo uma ótima chance de assegurar o primeiro lugar para ter o critério da vantagem nos play-offs. Um time como o Cruzeiro ter o mesmo número de vitórias que o rival metropolitano e o Ituiutaba, é algo inadmissível pelo elenco à disposição. Abre o olho Zezé, tá na hora de dar uma sacudida básica pois o time tá perdendo o tesão da vitória muito cedo.

Homenagem

Antes do jogo o meia Wagner foi homenageado pelos 200 jogos defendendo as cores mais vibrantes do universo. Valeu Wagner pelos serviços prestados. Acredito que vale mesmo comemorar uma marca tão importante e a Nação Azul ter esse reconhecimento.

ESTATÍSTICAS*

Total de Jogos: 343
Vitórias do Cruzeiro: 142
Empates: 103
Vitórias do América-MG: 98

Total de Gols: 1116
Gols do Cruzeiro: 615
Gols do América-MG: 501

Primeiro Jogo: América-MG 2 X 0 Cruzeiro - 10/07/1921
Último Jogo: América-MG 1 X 2 Cruzeiro - 29/05/2008

Curiosidades:
O América-MG não vence o Cruzeiro há quase sete anos. A última vitória aconteceu em 19 de maio de 2002, pelo Supercampeonato Mineiro, pelo placar de 1 a 0, com gol de Tucho. Pelo Campeonato Mineiro, o América-MG não conquista uma vitória no confronto há quase oito anos. A última vitória aconteceu em 21 de abril de 2001, pelo placar de 1 a 0, com gol de Ruy.

* Dados: Assessoria Cruzeiro - Foto: Vipcomm - Edição das fichas: Danilow

Saluti Celesti e a gente se vê em Abu Dhabi

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