Thursday, February 19, 2009

Libertadores 09: Fear of the Fox

Antes do jogo

Fala Blue Nation,
e não é que não param de falar do Cruzeiro, com aquela baba raivosa saindo dos lábios e a veia saltada na testa? Gente que parece não ter nada pra fazer na vida, fica ai levantando dados sobre o Cruzeirão que, em grande fase física e técnica, vai atropelando qualquer adversário que passar pela frente. Qualquer débil que entende um pouquinho de futebol saca que um time melhor preparado taticamente, mais rápido e entrosado, acaba mantendo mais a posse da bola, cometendo assim um número menor de infrações e obrigando por sua vez o adversário a abusar das faltas na tentativa inútil de parar nossos jogadores.

Em mais uma tentativa patética de provar as graves acusações (com requinte de incentivo a linchamento) proferidas aos 4 ventos e tudo devidamente gravado, essas pessoas demonstram um conhecimento celeste até raro entre os próprios cruzeirenses. Se pelo menos tivessem um jogador como o Ramires, que está há mil anos-luz de jogadores medianos tidos craques pelo treinador leonino, certamente teriam o prazer de ver seus adversários dizimados pela competência e velocidade do queniano azul. Sem ele, sorry, terão que rebolar muito.

Fechando o parêntese regional, vamos falar do grande jogo de logo mais. O Mineirão mais uma vez será a casa dos cruzeirenses que irão aparecer em massa para empurrar o Cruzeirão contra um rival digno de tal nome. O Estudiantes desembarcou ontem a BH e trouxe consigo um velho conhecido do time azul, o craque Verón, que em outra oportunidade (há mais de 14 anos) não conseguiu evitar a derrota do seu time na Supercopa daquele ano. Reconhecendo o valor de la Bestia Negra, o discurso entre os argentinos está afinando e apontando o Cruzeiro como favorito do Grupo. Mesmo passando por uma fase ruim, não pode se desprezar o vice-campeão da Sulamericana do ano passado. A concentração tem que ser total e o titio sabe disso.

Sem Ramires e Sorín (inimigo íntimo do Verón), o time azul poderá contar com Kléber ao longo do jogo, talvez no lugar de um dos atacantes titulares, WP ou Soares. O titio sabe que o ponto forte do time argentino, que virá mais fechado, possivelmente com 3 zagueiros, é o toque de bola que pode complicar em caso de contra-ataque. O Verón simplesmente coloca a bola onde ele quiser e não será esforço para ele colocar seus companheiros com chances de fazer gols. Também sabe que faltas perto da própria área podem resultar muito perigosas. A regra portanto é atacar, mas com coerência, eficiência e atenção. Nada de vacilos como no clássico passado.

Portanto o jogo de hoje será vencido no meio-de-campo. Quem botar mais qualidade nessa parte do campo, vencerá a peleja. Não restam dúvidas de que o Estudiante tem qualidade para ganhar, mas jogando seu jogo, o Cruzeiro pode despachar novamente o Estudiantes, a exemplo de 14 anos atrás. Espero uma boa atuação do WP que não tem boas lembranças do Estudiantes quando ainda jogava pelo Chorafogo. Outro que pode arrebentar é o Wagner, que quando joga uma Libertadores vira o bicho. Certamente entrará em campo com aquele olho de Tigre e nos prestigiará com suas jogadas mágicas que serão convertidas em gols pela dupla de ataque.

Minha escalaçao para o jogo de hoje:
Fábio, Jonathan, TH, Anderson, G. Magrão, Fabrício, MParaná, Elicarlos (Bernardo), Wagner, Soares (Kléber) e WP (Kléber)

Bora ao Mineirão, gente. O horário é meio f#da, portanto é aconselhável chegar mais cedo um pouquinho para não perder nada da festa. Zeirôôô!

Deixe aqui sua escalação ideal.

O Jogo

E aí Nação,
se os argentinos achavam que chegariam aqui na nossa casa, chutando a porta e ditando suas regras com requinte de catimba, É O DIABO QUE O CARREGUE! Aqui não, freguesia internacionl! La Bestia Negra tem um cão de guarda, um boxer de pura raça que morde qualquer um que desrespeitar os preceitos básicos de educação e reverência ao Maior de Minas. E nem foi necessário muito tempo para botar a casa em ordem, com 13 minutos o Boxer azul (alcunha inventada pela folclórica figuraça do Aldo Sagat Mourão) fez sua parte com precisão cirúrgica.

O cartão vermelho? Em minha modesta opinião, excessivo rigor do juizão que veio a BH com umas ideias meio estranhas, amarelando todo mundo já na primeira etapa do jogo. Fosse outro time de categoria inferior, a choradeira ecoaria pelas arquibancadas do velho Mineirão, mas no Cruzeiro Esporte Clube a gente costuma superar as adversidades dentro das 4 linhas, com competência e categoria. Foi isso que se viu no segundo tempo da peleja de hoje a noite. O primeiro tempo não vi e nem quero saber. E vou ficar com raiva daquele que o mencionar.

No segundo tempo, as peças começaram a entrosar novamente e o Maior de Minas a produzir jogadas mais trabalhadas. Se no primeiro tempo o nervosismo da estreia tomou conta de todo o setor defensivo, com seguidas faltas na entrada da área (os olhos do Verón brilhavam com tamanha bondade da retaguarda azul) , no segundo o Leonardo Silva e o Thiago Heleno foram quase perfeitos. Se eles não estavam lá, o Fábio fechava a porteira. E se o Fábio não fechava a porteira, lá estava o Fabrício a salvar na linha.

Até os 15 minutos do segundo tempo, o jogo tava muito complicado para o time azul. De nada adiantava o apoio do MParaná como elemento surpresa pela direita do ataque, a falta do Ramires era sentida bastante. O Estudiantes marcava bem e saia muito rápido nos contra-ataques. Foi ai que o titio mandou chamar o Kléber. Nem te digo a reação da torcida, eufórica com a expectativa de ver o Gladiador em ação! "Deixa comigo, fessôr .." deve ter dito o baixinho ao Adilson. Ai o ataque celeste resolveu dançar no ritmo do Klebão (até o Wagner acordou), e em 15 minutos a fatura estava já liquidada, até graças à entrada do Jancarlos e o deslocamento do Paraná e do Jonathan, confundindo a marcação argentina.

Depois foi só administrar o jogo até o apito final, com direito a drible espetacular do Wagner em cima do Verón. Abusaaaado! Voltei para casa feliz, já com saudade de ver novamenteo bóxer azul balançando as redes adversárias. Que estrela, meu amigo. É a raça e a categoria que o time e a torcida buscava há muito tempo. Tou com dó da zaga adversária, com WP, Kléber e Ramires infernizando e barbarizando geral.

Com essa vitória o Cruzeiro é o único time brasileiro 100%, com 8 vitórias em 8 jogos. Essa marca do titio é superior à marca do Luxa em 2003, quando o time conseguiu 7 vitórias em 7 jogos.

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Off-topic

Se antes tinha uma pequena dúvida, agora tenho certeza. Com a saída do Alex do Inter, o Cruzeiro tem o melhor plantel do Brasil. E não adianta dizerem que tem jogador com 11 gols em 8 jogos, nós temos um jogador que fez 2 gols em 13 minutos :-)

ESTATÍSTICAS*

Total de Jogos: 2
Vitórias do Cruzeiro: 1
Empates: 0
Vitórias do Estudiantes: 1

Total de Gols: 4
Gols do Cruzeiro: 3
Gols do Estudiantes: 1

Primeiro Jogo: Estudiantes 1 X 0 Cruzeiro - 05/10/1994
Último Jogo: Cruzeiro 3 X 0 Estudiantes - 12/10/1994

Curiosidades:
Esta é 39a participação do Cruzeiro em competições organizadas pela Confederação Sul-Americana de Futebol. O Clube já disputou dez vezes a Copa Libertadores da América (1967, 1975, 1976, 1977, 1994, 1997, 1998, 2001, 2004 e 2008), duas vezes o Mundial de Clubes (1976 e 1997), três vezes a Recopa Sul-Americana (1992, 1993 e 1998), dez vezes a Supercopa dos Campeões da Libertadores da América (de 1988 até 1997), quatro vezes a Copa Mercosul (1998, 1999, 2000 e 2001), quatro vezes a Copa Sul-Americana (2003, 2004, 2005, 2006 e 2007), duas vezes Copa Master da Supercopa (1992 e 1995) e duas vezes a Copa Ouro (1993 e 1995).

* Dados da Assessoria de Imprensa do Cruzeiro - Foto VIPCOMM

Saluti Celesti e a gente se vê em Abu Dhabi

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